Curtas Metragens

Homens Invisíveis

Direção: Luis Carlos de Alencar
Roteiro: Luis Carlos de Alencar
Produção: Vladimir Seixas
Brasil, RJ, 2019, 25’53”

A situação da população masculina trans na prisão devido aos problemas de saúde causados pelo binário de gênero subjacente ao sistema penal.

Ari y Yo

Direção: Adriana Faria
Roteiro: Adriana Faria
Produção: Ariadna Acosta
Brasil, PA, 2019, 12’29”

Adriana é uma aspirante a cineasta brasileira. Durante uma viagem para estudar documentário na famosa Escuela Internacional de Cinema e TV em Cuba, sem saber falar espanhol, ela conhece Arislay, uma garotinha inteligente e corajosa, que mora no pequeno Pueblo Textil, uma cidade abandonada. Lá, Ari ensina as novas palavras e a aluna aprende enquanto faz o filme. Pronta para a entrevista, Adriana decide que é hora de ensinar a Ari o nome das coisas em português.

Imagens de um sonho

Direção: Leandro Olimpio
Roteiro: Leandro Olimpio
Produção: André Garcia e Lufe Bollini
Brasil, SP, 2019, 20”

Composto de vídeos publicados no Youtube por terceirizados da Petrobras, o filme explora um capítulo importante do país através de fragmentos da vida operária dentro e fora da fábrica. Com suas próprias mãos, a classe trabalhadora registra - ao longo de uma década (2008-2018) - as alegrias e dissabores de sua jornada.

Fantasia de índio

Direção: Manuela Andrade
Roteiro: Manuela Andrade
Brasil, PE, 2017, 18’

Desde criança, ouvi minha mãe falando sobre minha ascendência indígena. Duas décadas atrás, meu tio materno foi encontrar os Xukurus procurando traços de nosso passado. Eu decidi continuar esta pesquisa.

Copacabana Madureira

Direção: Leonardo Martinelli
Roteiro: Leonardo Martinelli
Produção: Leonardo Martinelli, Francisco Vasconcelos, Rafael Lopes Cesar e Nicolas Bezerra
Brasil, RJ, 2020, 18’

Eleições presidenciais. Fake News. Prazeres e dores pelos bairros da cidade. Brasil, século XXI.

À beira do planeta mainha soprou a gente

Direção: Bruna Barros e Bruna Castro
Roteiro: Bruna Barros e Bruna Castro
Produção: Bruna Barros e Bruna Castro
Brasil, BA, 2020, 13’18”

Momentos de carinho entre duas sapatonas e suas mães.

Hmong de Javouhey

Direção: François Gruson
Roteiro: François Gruson
Produção: Didier Urbain
Guiana Francesa, 2019, 45’

Depois de terem saído às pressas de suas montanhas do Laos para se refugiar em campos na Tailândia e fugir do regime comunista, os Hmong foram recebidos na Guiana Francesa pelo estado francês, a fim de povoar e cultivar as terras do oeste da região.

A viagem de Ícaro

Direção: Kaco Olimpio e Larissa Fernandes
Roteiro: Kaco Olimpio
Brasil, GO, 2018, 19’

Bazuka, um catador de materiais recicláveis, sonha em voar. A única alternativa para realizar seu sonho é construir suas próprias asas.

Mãe Chuva

Direção: Alberto Flores Vilca
Roteiro: Alberto Flores Vilca
Produção: Mario Manríquez
Peru, 2020, 17’31”

Em uma remota cidade peruana, mora Honorata Vilca, uma analfabeta de ascendência quíchua que vende doces há mais de 20 anos, com a chuva que chora no próprio céu.

Filhas de Lavadeiras

Direção: Edileuza Penha de Souza
Roteiro: Edileuza Penha de Souza
Produção: Marcus Azevedo e Ruth Maranhão
Brasil, DF, 2019, 22’

O documentário “Filhas de lavadeiras” apresenta histórias de mulheres negras que, graças ao trabalho árduo de suas mães, puderam ir à escola e refazer os caminhos percorridos por suas antecessoras. Suas memórias, alegrias e tristezas, dores e poesia estão presentes como possibilidades para um novo destino. Transformando o trabalho duro das lavadeiras em um espetáculo de vida e realização.

Quentura

Direção: Mari Corrêa
Produção: Patrícia Zuppi, Mari Corrêa e Luís Donisete Benzi Grupioni
Brasil, SP, 2018, 36’

Muito quente! Os peixes reprodutores não chegam na hora certa e as plantas de pimenta acabam morrendo nesse calor. "É um clima muito diferente que nem mesmo os espíritos conseguem entender." De seus jardins, casas e quintais, as mulheres indígenas da Amazônia nos envolvem em seu vasto universo de conhecimentos, enquanto observam os impactos das mudanças climáticas em seus modos de vida.

Jaçanã

Direção: Clarissa Virmond, Laryssa Machada e Yasmin Alves
Roteiro: Clarissa Virmond, Laryssa Machada e Tyrell Spencer
Brasil, SP, 2018, 26’

Jaçanã é humana e pássaro. Uma mulher que carrega seu corpo atual de 76 anos. As mãos da curadora são calorosas, e as mãos dela são donas da história da resistência dos Pataxó, tocando as raízes de suas terras profunda e diretamente: maneiras antigas de cultivar, colher e curar, mantendo vivo o conhecimento e a cultura tradicionais de uma tribo nativa - onde uma invasão brutal começou.

O Mestre da farinha

Direção: Leandro Miranda e Luiza Fecarotta
Produção: Adriana Beneveruto
Brasil, MG, 2018, 6’30”

"O Mestre da Farinha" conta a história de "Seu Bené", de Bragança (Pará). Este filme narra um pouco sobre a tradição da produção de farinha, originária do povo da Amazônia e que persiste até os dias atuais. Seu Bené dá as boas-vindas à nossa equipe em sua propriedade e mostra alguns dos trabalhos dos quais ele vive da família.

Nasa Yuwe, língua mãe

Direção: Yaid Bolaños e Mateo Leguizamón
Roteiro: Mateo Leguizamón
Produção: Alejandra Muñoz
Colômbia, 2019, 6’49”

Yaid Bolaños, antropólogo indígena da etinia Nasa e professor de sua própria língua, aos 26 anos, procura narrar de maneira experimental a importância de preservar sua língua nativa - a Nasa Yuwe - em um complicado contexto social da cidade, onde os as práticas de seus usos e costumes estão ameaçadas devido ao choque cultural que a sobrevivência em um mundo cada vez mais moderno e globalizado representa. No entanto, neste breve documentário, ele afirma que a nasa yuwe, sendo portadora de conhecimento, valores e identidade, determina a raiz e a cultura do pensamento do coração.

A Morte Branca do Feiticeiro Negro

Direção: Rodrigo Ribeiro
Roteiro: Rodrigo Ribeiro e Timóteo
Produção: Julia Faraco e Luiz Gustavo Laurindo
Brasil, SC, 2020, 10’20”

Memórias do passado escravista brasileiro transbordam em paisagens etéreas e ruídos angustiantes. Através de um ensaio poético visual, uma reflexão sobre silenciamento e invisibilização do povo preto em diáspora, numa jornada íntima e sensorial.

Preciso dizer que te amo

Direção: Ariel Nobre
Roteiro: Ariel Nobre
Produção: Bruna Lessa
Brasil, SP, 2019, 13’

Documentário sobre suicídio entre pessoas trans. O filme retrata poeticamente a relação dos personagens com o corpo, a vida e o sagrado.

Ruído Branco

Direção: Gabriel Fonseca
Roteiro: Gabriel Fonseca e Stephanie Oliveira
Produção: Stephanie Oliveira
Brasil, SP, 2019, 15’

Por meio de uma linguagem poética, o "Ruído Branco" busca refletir sobre o processo de branqueamento que o Brasil sofreu por 130 anos, após a abolição da escravidão. Como isso afeta nossos filhos e dificulta a busca pela identidade dos negros em um país historicamente racista.

A Praga do Cinema Brasileiro

Direção: Zefel Coff e William Alves
Roteiro: Zefel Coff e William Alves
Produção: Zefel Coff e William Alves
Brasil, DF, 2018, 27’23”

Zé do Caixão retorna ao passado, em 2 de fevereiro de 2000, às 14h22, para evitar o Terror Político instituído no Brasil em 2018.

Ferroada

Direção: Adriana Barbosa e Bruno Mello Castanho
Roteiro: Adriana Barbosa e Bruno Mello Castanho
Brasil, SP, 2017, 25’

“Ferroada” é um devaneio cinematográfico em homenagem ao escritor-coveiro Tico, que em uma vida marginal busca uma inspiração estética e política. Uma resposta cinematográfica às palavras escritas, um devaneio cinematográfico sobre as reflexões trazidas pelo personagem. Assim, "Ferroada" é também um filme sobre memória, que traz à tona não apenas as agonizantes trajetórias de lembrança, mas também sua força política, de resistência, que insiste em reinventar a vida cotidiana e buscar sentidos perdidos.

Bicha-Bomba

Direção: Renan de Cillo
Roteiro: Renan de Cillo
Produção: Renan de Cillo
Brasil, PR, 2019, 8’

Este filme não é capaz de vingar as mortes, resgatar o sofrimento, ser um divisor de águas e mudar o mundo. Não há economia. Isso é uma barricada! Não é uma Bíblia.

Longas/Médias Metragens

Amoka

Direção: Maria Jose Bermudez Jurado
Produção: Maria Jose Bermudez Jurado
Colombia, 2018, 74’

Peña Roja é uma comunidade multiétnica e remota, localizada no meio de Caqueta, Colômbia. Uma comunidade ao mesmo tempo esquecida, estagnada e sem oportunidades. Entre suas selvas, Elvis nasceu, mas ele cresceu na cidade de Bogotá e agora mais branco que indígena. Aos 20 anos, seu pai (um líder indígena reconhecido) morre e, um ano depois, Elvis decide voltar a Pena Roja para homenageá-lo em uma dança tradicional, reerguer seus passos e reconhecer seu próprio território e cultura. Assim, Elvis embarca em uma jornada de 500 km ao longo do rio Caqueta, sem imaginar que o que ele encontraria seria um território ferido e afetado por um fenômeno que nessa ocasião se materializa na mineração, mas que na história da Colômbia adotou diferentes formas, passando pela bonança de borracha, peles, pesca, coca e atualmente ouro. Essas são as alternativas econômicas dessas cidades remotas da Colômbia que, apesar dos impactos da atividade, são sua única oportunidade real.

Transamazonia

Direção: Renata Taylor, Bea Morbach e Débora McDowell
Roteiro: Bea Morbach e Débora McDowell
Produção: Débora McDowell
Brasil, PA, 2019, 75’

Melissa é uma mãe de 21 anos e estudante de direito. Marcelly tem 35 anos, está desempregada e mora com sua família. As duas são mulheres transexuais que vivem em locais diferentes da Rodovia Transamazônica, terras onde o prometido desenvolvimento nunca existiu.

Jaburu

Direção: Chico Carneiro
Roteiro: Chico Carneiro
Produção: Chico Carneiro
Brasil, PA, 2019, 57’

O filme documentário mostra o cotidiano de uma comunidade ribeirinha na amazônia paraense, com foco na dificuldade do trabalho das professoras e professores, do transporte dos alunos, da crescente falta de recursos para a escola local, do medo de assaltos, do barulho constante dos barcos e da inclusão de jovens portadores de necessidades especiais – mas mostra também a alegria de viver e a interação dessa mesma comunidade, tendo como pano de fundo a copa do mundo de 2018, e as tradicionais festas juninas brasileiras.

A nossa bandeira jamais será vermelha

Direção: Pablo Lopez Guelli
Roteiro: Pablo Lopez Guelli
Produção: Pablo Lopez Guelli
Brasil, SP, 2019, 72’

O filme mostra a luta dos jornalistas independentes no Brasil para romper o embargo informativo imposto pelas 6 famílias que dominam o sistema de informação do país.

Identidade

Direção: José Carlos García e Carlos Granda
Roteiro: José Carlos García e Carlos Granda
Produção: Rebeca Alván
Peru, 2019, 83’

Depois de 36 anos, o Peru retorna à Copa do Mundo da FIFA na Rússia em 2018. Essa enorme conquista nacional pode começar a curar décadas de conflito armado, agitação social e econômica e uma identidade nacional traumatizada? "Como nós somos" é uma jornada reflexiva através do crescimento no Peru durante os anos 80 e decepção - e orgulho final - de sua equipe nacional de futebol.

Xadalu e o Jaguaretê

Direção: Tiago Bortolini de Castro
Roteiro: Tiago Bortolini de Castro
Produção: Diego Tezzoni
Brasil, RS, 2020, 97’

Xadalu e Jaguaretê é um longa-metragem documental que acompanha o intercâmbio cultural entre Xadalu, um artista urbano que colou milhares de adesivos e pôsteres em defesa dos direitos dos povos indígenas; e Ariel Kuaray Ortega, um cineasta nativo-americano que fez vários documentários sobre seu povo, os Mbya Guarani. A luta pelos direitos dos povos indígenas uniu Xadalu e Ariel, e enquanto eles passam por essa jornada única, seu relacionamento evolui e muda.

Mestre Cupijó e Seu Ritmo

Direção: Jorane Castro
Roteiro: Jorane Castro
Brasil, PA, 2019, 75’

“Mestre Cupijó E Seu Ritmo” nasce do desejo de apresentar um dos maiores mestres da música tradicional paraense: Joaquim Maria Dias de Castro, mais conhecido como Mestre Cupijó. Na do Baixo-Tocantins, uma das mais ricas musicalmente da Amazônia, Mestre Cupijó, buscou inspiração em ritmos tradicionais para suas composições, como o Siriá, o Bangüê, ou o ainda em outras referências, como o mambo. Ele é também considerado como um dos precursores da música instrumental dançante no Pará.

Maria Luiza

Direção: Marcelo Díaz
Roteiro: Marcelo Díaz
Produção: Marcelo Díaz
Brasil, DF, 2019, 80’

Maria Luiza é a primeira transgênero das Forças Armadas brasileiras. Após 22 anos de trabalho, ela se aposentou por invalidez. O filme investiga as motivações para ela ser proibida de usar o uniforme feminino e sua trajetória em afirmação como transgênero, militar e católica.

Amazônia Sociedade Anônima

Direção: Estêvão Ciavatta
Roteiro: Estêvão Ciavatta
Produção: Walter Sales e Estêvão Ciavatta
Brasil, RJ, 2019, 72’

Devido ao fracasso do governo brasileiro em proteger a Amazônia, Cacique Juarez Saw Munduruku lidera uma união sem precedentes de indígenas e ribeirinhos para salvar a floresta que enfrenta grileiros e desmatamento ilegal.

Servidão

Direção: Renato Barbieri
Roteiro: Renato Barbieri
Produção: Reynaldo Zangrandi
Brasil, DF, 2019, 72’

Um documentário de longa-metragem sobre o trabalho escravo contemporâneo com foco na Amazônia brasileira. Com a narração de Negra Li, o documentário é um registro retumbante de um dos maiores males do Brasil.

Homo botanicus

Direção: Guillermo Quintero
Roteiro: Guillermo Quintero
Produção: Guillermo Quintero, Nicolas van hemleryck, Pierre-Emmanuel Urcun e Clare Weiskopf
Colômbia, 2018, 88’

Homo botanicus explora o mundo romântico da ciência através da relação de trabalho entre o botânico Julio Betancur e seu discípulo Cristian Castro, enquanto atravessam as florestas tropicais colombianas. Esta é uma jornada anacrônica através dos mistérios das plantas e seu legado no mundo. Botânico, por que descrever e classificar as plantas infinitamente?

Soldados da Borracha

Direção: Wolney Oliveira
Roteiro: Wolney Oliveira
Produção: Wolney Oliveira
Brasil, CE, 2019, 83’

Durante a Segunda Guerra Mundial, um acordo de cooperação entre os governos brasileiro e norte-americano levou ao transporte de cerca de 60.000 homens do Nordeste do Brasil para a Região Amazônica para trabalhar na extração de látex destinado à indústria de armas americana. Metade desses homens morreu antes que pudessem voltar para casa e muitos outros ainda aguardam reconhecimento como "heróis nacionais" e as pensões iguais às dos militares que haviam sido prometidas.

Eu, um outro: Uma experiência na Justiça do Trabalho

Direção: Maiara Líbano
Produção: Roberto Fragale
Brasil, RJ, 2019, 70’

Neste documentário, seguimos o projeto "Vivendo o trabalho subalterno", que convidou juízes e juízes de apelação a viver a vida de trabalhadores invisíveis. Em segredo, os magistrados trocam seus vestidos por uniformes e vivem um dia como varredores de rua, garçonetes, jardineiros. Por sua vez, os trabalhadores manuais são convidados a discutir o papel de um juiz na sociedade.